quinta-feira, 5 de junho de 2008


Noite

Ó noite que esconde sua beleza por trás de um véu de fumaça e luzes, destilando seu veneno em cada fresta e seu néctar em cada pátio.
Fantasmas que passam, noites e mais noites me perturbando, cobertos e protegidos por sua negra capa.
Angustia que corrói meu coração, deitando em teu colo e afagando meu desespero.
Seria tu, ó bela noite, que presta tantos trabalhos a me abalar nas manhas seguintes que a seguem?
Pois com a mesma mão que me golpeia, e da mesma boca que consome em perjúrios e maus tratos, vem o toque que me acaricia, e o beijo doce que me deseja um bom despertar.
O que mais escondes de mim dama negra? Porque me martiriza tanto com lembranças?
Agora com essa amarga xícara de café que desperta meus sentidos, imersos em visões que me punem cada vez mais, perco-me em pensamentos, em fantasias e torturas; minhas táticas já não surtem mais efeito, perdidas apenas... em pensamentos.


Noctum_Poet

Quem conhece teme... =)

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